É comum encontrarmos nas nossas andanças, pessoas diferentes, porém com o mesmo nome a que tratamos por homônimos. Os homônimos não se cruzam nas esquinas da vida, mas sempre são alvos de conflitos quando o assunto em pauta é finanças. Não tão raro eles se confundem apenas por terem no nome a mesma e coincidente grafia.
Em Divinópolis, são inúmeros os registros de causalidades que envolvem pessoas com histórico de vida diferente, porém possuem o mesmo nome. Seguindo essa linha de raciocínio encontramos alguns homônimos com ações e segmentos diferenciados. Alguém já afirmava que nenhum dedo é igual em diferentes mãos.
As argumentações se fazem necessárias para chegarmos a um grande objetivo – o de prestar justa homenagem a José Carlos Pereira.
Dos homônimos conhecidos e reconhecidos por Divinópolis e região encontra-se o José Pereira proprietário de uma casa de prostituição muito conhecida no passado.
José Pereira Filho (84) também é o nome de um produtor rural – remanescente da luta constante pela sobrevivência. José Pereira, hoje é proprietário da Fazenda Boa Vista onde conserva uma vaquinha que ele mesmo gosta de ordenhar pra não enferrujar as mãos. José Pereira é quem afirma que além de alimentar, o leite da sua vaquinha, ainda cobre algumas despezinhas (risos).
Outro homônimo, bastante conhecido de todos e principalmente, no meio acadêmico é o falecido Juiz de Direito e autor da letra do hino de Divinópolis, José Pereira Brasil.
Finalmente, já na condição de homenagem póstuma, configura o nome do eterno educador e grande intelectual de estirpe: José Carlos Pereira – espiritualista de vanguarda; o quase anarquista; patrimônio da cidade.
O senhor Pereira, do bairro Porto Velho, amigo e cunhando distinto do advogado e também falecido, doutor Simão Salomé e de tantos outros guardiões da essência da cidade do Divino – todos se empenharam e lutaram com garra para que a cidade conquistasse melhores índices na educação e para que a educação, representasse a base sólida para toda e qualquer transformação.
Quem é que nunca ouviu falar ou sequer se lembra do IEC – Instituto de Educação e Cultura fundado por ele, lá no bairro Sidil? Uma escola muitíssima avançada para os propósitos da época.
Num pestanejar, parece-me que ainda o vejo caminhar pela Rua Goiás e pela Avenida 1º de junho, sempre trajando uma boina – souvenir dos militantes de carteirinha dos anos 60; mais conhecido como sendo, os anos de chumbo. Um caminhar de um senhor que se apresentava a todos, esguio e de caráter inilibado.
José Carlos Pereira sempre esteve de mãos estendidas a aqueles confidentes e históricos personagens que permanecem, até os dias atuais, na história de Divinópolis. O anonimato e a busca pela essência sempre foram suas principais características. Priorizava resultados e pra isso planejava.
José Pereira sempre será o homem que esteve disposto a mudar destinos, tendo como plataforma de embarque, a educação.
Educar para transformar legiões. Pode, até a princípio parecer utópico. Acreditar na essência da individualidade é perpetuar sonhos de um mundo melhor para todos, sem distinções.
“Somente pela educação chegaremos lá”, afirmava e acreditava piamente nosso educador mor - José Carlos Pereira.
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