Regime Militar - sorte ou reveses ?
Em 1964, o então eleito Presidente da República, Castelo Branco prometeu restaurar a liberdade e apaziguar as Forças Armadas, mas acabou perdendo para a linha dura que decretou o Ato Institucional número 5, o AI-5; cassou o mandato do general Costa e Silva (por motivo de doença) e impediu a posse do vice, Pedro Aleixo.Os intelectuais, militantes da esquerda e adeptos da democracia viram seus sonhos naufragarem com o exílio, prisões arbitrárias e torturas, em sua maioria, ocorridas nos porões da ditadura.
O regime militar provocou uma imensa lacuna na evolução do país.Trouxe para o vocabulário expressões como: voto vinculado, senador biônico, colégio eleitoral, entre outros. Com a ditadura, lideranças nacionais e expressivas foram banidas, muitas; até mesmo, eliminadas.A ditadura militar mutilou e humilhou grande parte da sociedade civil brasileira.
O golpe de 64 e o regime militar transformaram a sociedade de massa, num grande sistema de supressão de liberdade, algo indescritível, sufocante, triturados pela máquina da repressão. Os militares estagnaram o processo evolutivo da política no Brasil e a ditadura produziu conseqüências que passados quase meio século, ainda repercute de forma catastrófica.
Ninguém, em absoluto, poderá apagar as marcas deixadas pelo regime militar; pela ditadura, pelos quais nenhuma sociedade passará impune.
Anos de chumbo - erros históricos
Os anos de chumbo trouxeram consigo erros históricos. O golpe de 64 desencadeou o ciclo de generais e com eles, a execução de projetos mirabolantes como: a Transamazônica, a Usina Nuclear Angra dos Reis e a Ferrovia do Aço. Bilhões de dólares foram gastos, tornando o endividamento externo totalmente fora de controle.
[...] O chamado, milagre econômico, que sucedeu ao golpe de 64; nos governos de Costa e Silva, Médici e no início do governo Geisel foram atribuídos a um conjunto de reformas. As medidas adotadas por Otávio Gouveia de Bulhões (Fazenda) e Roberto Campos (Planejamento) promoveram uma faxina no sistema tributário cambial e a correção da ordem de até 1.000% das tarifas públicas, gerando um ritmo frenético no mercado.
(Economista Antônio Barros de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
[...] O chamado, milagre econômico, que sucedeu ao golpe de 64; nos governos de Costa e Silva, Médici e no início do governo Geisel foram atribuídos a um conjunto de reformas. As medidas adotadas por Otávio Gouveia de Bulhões (Fazenda) e Roberto Campos (Planejamento) promoveram uma faxina no sistema tributário cambial e a correção da ordem de até 1.000% das tarifas públicas, gerando um ritmo frenético no mercado.
(Economista Antônio Barros de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
[...] Esses fatores mencionados, aliados a criação do Banco Central, do Sistema Financeiro da Habitação e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, fez com que o Brasil passasse da quadragésima oitava economia do mundo para a oitava. As exportações passaram de 1,4 bilhões de dólares em 64 para 25,6 bilhões de dólares, já em 85 quando o Brasil iniciou a Campanha das Diretas. Um crescimento astronômico da ordem de 1.730%. (Economista, Antônio Barros de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
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Tostão: do Cruzeiro para a Seleção Brasileira |
O poder é efêmero e não ditatorial
Passado quase meio século; muito pouco se avançou.A distribuição de renda é catastrófica. O índice de analfabetismo e de desemprego são assustadores. As estatísticas com avanço da criminalidade são alarmantes e tem alcançado o topo dos gráficos nas capitais e, o que é pior, tem avançado para o interior do país. A educação básica parece caminhar bem, embora apenas 5% da população brasileira conseguem chegar ao ensino superior.A saúde tem sido sucata e a moradia (casa própria) ainda é problema crucial na vida da grande maioria dos brasileiros.
Os governos; em todas esferas, (federal, estadual e municipal) têm que tomar medidas mais enérgicas, estancar os constantes escândalos e punir com rigor aqueles que desviarem sua conduta. É preciso acabar com os vícios existentes em repartições públicas onde ainda prevalece a Lei de Gerson - a de levar vantagem em tudo; quase tudo.
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